domingo, 1 de dezembro de 2013

ELVIS TODAY - DISCO DE 1975







Elvis não morreu.

Essa postagem foi originalmente publicada em março de 2013 lá no Blog do Baratta, onde atingiu a marca até hoje de 1606 visualizações. Essa frase já foi dita mais de um milhão de vezes. Há quem acredite que ele realmente não morreu e está escondido em Graceland. Provas de que o rei do rock não morreu existem aos montes. Cheque que ele assinou após a data de sua morte, foto em que uma sombra de alguém atrás da janela, parecia muito com Elvis. A verdade é que muitas pessoas se lembram do dia de sua morte e quase nunca do dia em que ele nasceu, 08 de janeiro de 1935.
O rei do rock, o pai do rock, são tantos os títulos mas assim como Roberto Carlos, Elvis nunca usou uma coroa em sua cabeça. O ex-chofer da empresa Crown Eletric (companhia de energia elétrica local).
A primeira lembrança que tenho de Elvis é o disco Elvis Today de 1975, junto com mais dois discos: o Welcome to My World (coletânea de março de 1977) e o Elvis By Request (Specially For Brazil). . Certo dia, ladrões entraram em casa e levaram algumas coisas, alguns discos, os do Elvis foram no meio, junto com alguns do Roberto Carlos, mas tudo bem, comprei quase tudo de novo.
O disco Today é de 1975 e não traz os rocks iguais os da década de 50, nem as canções feitas para as trilhas sonoras de seus 33 filmes, nem gravações ao vivo. O disco foi gravado nos estúdios RCA em Hollywood. O disco traz rock, country, canções de amor. Elvis vivia um momento em que sua gravadora a RCA já reclamava da quantidade de material ao vivo.

1.   "T-R-O-U-B-L-E" (Jerry Chesnut)

Bem diferente da Trouble conhecida do filme King Creole, mas não deixa de ser um rock envolvente e bem ao estilo Elvis anos 70. Piano martelando as notas, bateria com Mr. Ronnie Tutt destruindo tudo, baixo muito bem marcado, guitarras impecáveis e no final, Elvis subindo a voz uma oitava acima mostrando a todos porque sempre seria e é lembrado o rei do rock.

2.   "And I Love You So"  (Don McLean)  

O romantismo dá as caras nessa canção. Violões, bateria, coral de fundo... Há quem diga que nesse momento Elvis está cantando pensando em Priscila, seu maior amor. Não duvido muito, pois escutamos Elvis aqui com um grande sentimento ao cantar. A interpretação dele é impecável. Dessa música existe uma versão ao vivo no disco póstumo Elvis In Concert. Elvis na gravação disse a namorada da época Sheila Ryan: “Agora vou cantar para você, garota”.



3.   "Susan When She Tried" – (Don Reid)

Uma das melhores definições que eu já li sobre Elvis nos anos 70 li no livro Elvis Presley – Vamos Dar Uma Festa do Ayrton Mugnaini Junior da Editora Nova Sampa 1993. “Bem disse o amigo e biógrafo Jerry Hopkins: Nos anos 50 Elvis desafiou o sistema; nos anos 60 Elvis foi cooptado pelo sistema; nos anos 70 Elvis era o sistema.” Depois de um rock, uma balada o disco dá espaço para o country. Muito diferente dos countries que se escuta hoje em dia. O country com Elvis é country pra nenhum cowboy colocar defeito. Aliás, o disco ainda contará com mais algumas canções no mesmo estilo. A canção fala que nada é melhor de (Quando a Susan Tentou) seria um comparativo das amantes na vida do autor da canção. Que pegando Elvis como exemplo, mulher ele tinha pra escolher mesmo, rs.

  1. Woman Without Love – (Jerry Chesnut)

Um homem sem amor é somente a metade de um homem. Mas uma mulher não é absolutamente nada. Forte não? Esse é o refrão da canção que fala de uma mulher despida de seu orgulho, que tenta esconder, porém na hora de dormir vem o chôro por não ter um amor. A canção tem uma subida de tom o que dá uma atmosfera toda especial na música.  

  1. "Shake A Hand" – (Joe Morris)

Seria essa canção em ritmo de blues? Eu classificaria como um blues sim. A canção fala de estar junto com a pessoa, para todo tipo de situação. (Eu vou ficar perto de você, eu vou cuidar de tudo, deixe me saber e eu estarei lá). Os metais arrebentam no refrão.



Lado B

  1. "Pieces Of My Life" (Troy Seals)

Elvis aqui está com um copo de whisky. Pelo menos na letra da música, pois Elvis não bebia. Mas aqui ele está com um copo cheio de whisky conversando com Deus. Sim, Elvis conversando com Deus. Ele diz estar olhando para o passado, as coisas que ele viu e fez é difícil de contar. Mas ele não está se confessando, ele está tentando achar os pedaços de sua vida. E o pedaço que ele mais sente falta, Ele, o Senhor, sabe quem é. Após a gravação desta canção, o eterno Beach Boy Brian Wilson entrou no estúdio, pois estava gravando em um outro estúdio ali perto.

  1. "Fairytale" – (Bonnie Pointer / Anita Pointer)

Country em alto astral narrando uma partida em mais alto astral ainda. É uma conversa (ali com a mão na maçaneta) com a pessoa amada. Dizendo que foi um erro estar lá (sabe se lá quantos anos), mas as palavras (Você me usou, você me enganou, é melhor que eu saia por essa porta, eu acho que estou melhor sozinho do que com você), vixe, issae. Dá boi pra elas não rei.

  1. “I Can Help” (Billy Swan)

A Super Herói (Canção de Roberto Carlos) do Elvis The Pelvis. Elvis diz que está ali pra tudo, tudo mesmo. Inclusive se a criança da moça precisar de um pai, ele estará lá. Eu posso ajudar, outra parte diz que (quando vou dormir, você é sempre parte do meu sonho). Em alguns temas vemos a semelhança de alguns temas e de tipos de abordagem com o Roberto Carlos. Coisa de rei. Billy Swan o autor da música era amigo de Felton Jarvis, o produtor. Reza a lenda que Felton deu a Billy as meias de Elvis usadas na gravação.

  1. "Bringin' It Back" – (Greg Gordon)

Uma das canções que eu mais gosto do disco que eu mais gosto. (Se eu não puder mais vê-la, se eu não puder mais tocá-la) a letra fala de um amor que já não está mais com a gente. Acontece muito.

  1. “Green Green Grass of Home” – (Curly Putman)

A volta pra casa ao descer do trem, tudo está como antes. A velha casa está de pé, Mary vem descendo a rua. A velha árvore de carvalho, onde (eu) costumava brincar. A canção foi gravada por uma penca de gente. De Tom Jones a Joan Baez passando por Jerry Lee Lewis e Johnny Cash. Ouvi todas, mas prefiro a versão do rei. A versão que impressionou Elvis foi a de Tom Jones.

    Elvis Presley - lead vocals
    James Burton - guitar
    David Briggs - keyboards
    Buddy Spicher - fiddle
    Chip Young - guitar
    Millie Kirkham - background vocals
    Johnny Christopher - guitar
    Weldon Myrick - steel guitar
    Norbert Putnam - bass
    Mike Leech - bass
    Mary Holladay - background vocals
    Tony Brown - keyboards
    Ginger Holladay - background vocals
    Duke Bardwell - bass
    Ronnie Tutt - drums
    Charlie Hodge - guitar, harmony vocals
    Glen Hardin - keyboards
    Jimmy Gordon - keyboards
    Lea Berinati - background vocals


Considerações Finais

Today é um disco oficial, não se trata de uma coletânea, ou seja, Elvis realmente entrou em estúdio para gravá-lo. O disco é de 1975 e impressiona pela qualidade de som. Infelizmente, somente quem tiver a edição em vinil poderá sentir isso. Isso me faz imaginar uma edição em vinil japonês, visto que as edições japonesas são as melhores tanto na parte gráfica quanto na parte sonora. Boa parte dos músicos que participam no disco são membros da TCB Band, banda que acompanhava Elvis em seus shows.

Pra finalizar algumas fotos minhas. Uma perto da jumpsuit que Elvis usa na capa do disco, a foto deve ser da época de 1973, ou 74. As foto foram tiradas na Elvis Experience em 2012 em SP. As outras mostram bem os detalhes das pedras da roupa, o desenho formado pela distribuição das pedras. Outra coisa que é importante ressaltar, é que as jumpsuits só ficam espetaculares quando usadas por Elvis. Qualquer pessoa que se veste com uma jumpsuit, não chega nem perto do que Elvis era, jamais chegará. Na última foto sou eu ouvindo o Elvis Today, em vinil, é claro.

Baratta










4 comentários:

  1. Bellissimo post, i miei complimenti. Ciao!

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  2. Today... a paixão do Baratta rs
    Abração ;)

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  3. Quem me dera ter visto O Elvis vestindo os jumpsuit em um show.Com certeza seria emocioante!

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