Para ilustrar essa postagem, resolvi postar a foto dos três discos que
fizeram eu conhecer Elvis. Além dos discos o “meu encontro com o Elvis ainda
menino” logo no começo da Elvis Experience. Ao ver aquele display com a foto do
menino Elvis, um milhão de coisas passaram pela minha cabeça. Era mais que uma
relação de fã e ídolo. Talvez tudo o que passou pela minha cabeça eu não
consiga escrever em palavras... Hoje dia 15 de Agosto de 2017, em plena Elvis
Week lá em Graceland, por volta das 20:30 da noite começa a vigília onde muitos
fãs relembram Elvis mais uma vez (ok, não é bem relembrar, como se a gente o
esquecesse). Por dois ou três anos consecutivos, pudemos assistir a vigília on
line. Isso foi muito bom, pois esse que vos escreve, como não conseguiu visitar
Graceland até hoje, pôde acender uma vela daqui também e acompanhar a vigília
aqui do Brasil. Até o momento dessa postagem, não há informação se a vigília será
transmitida on line.
Em 1977, segundo minha mãe, ela arrumava minha caminha (eu tinha 2 para
3 anos) e ouviu no rádio a triste notícia. Ninguém me forçou a ouvir Elvis,
quanto mais virar fã. Falar de 40 anos sem Elvis é difícil pra mim, pois as
primeiras lembranças que tenho dele se referem a seus discos, os três que todo
mundo que me conhece já sabe que são o Elvis Today (bate na minha cara mas não
fale mal desse disco perto de mim), Elvis By Request Specially For Brazil e o
Welcome To My World. Durante a minha infância esses foram os três discos que
mais ouvi em casa, por iniciativa própria. Muito antes do Baratta ter vídeo
cassete em casa, Elvis, Beatles e Roberto Carlos eram meus melhores amigos,
pois os ouvia nos discos enquanto minha mãe devia ouvir o Eli Correia no rádio
da cozinha. A notícia pegou todo mundo de surpresa, ninguém estava preparado
para aquilo. Da mesma forma que a Crown Eletric não estava preparada para ter o
Elvis de chofer de caminhão, da mesma forma que a Sun era pequena para um Elvis
grandioso que surgia e ultrapassava os próprios limites, pois era um cara a
frente do seu tempo, da mesma forma que RCA não estava preparada para um Elvis
mil vezes mais produtor que o Steve Sholes, da mesma forma que Hollywood não
estava preparada para um cara que provou que filme com astro do rock com
músicas no decorrer do filme são sim um investimento rentável (acho estranho
algumas opiniões negativas sobre os filmes de Elvis, mas preciso falar disso em
outra postagem um outro dia), da mesma forma que a NBC não estava preparada
para um Comeback Special que foi recorde de audiência, da mesma forma que o
That´s The Way It Is era pouco para um volume só, da mesma forma que o On Tour
foi sucesso absoluto, da mesma forma que o Aloha foi um dos maiores
acontecimentos do rock n roll e mundial, da mesma forma que as turnês dos anos
70 não estavam preparadas para acomodar todo
mundo que quisesse ver Elvis In Person, o mundo não estava preparado
para perder Elvis Presley.
Depois de 1977, muitos livros foram escritos, muitas matérias foram escritas,
muitos discos foram lançados, até os dias de hoje são lançados discos e mais
discos pela RCA. Isso sem mencionar os títulos do selo FTD. Graceland foi
aberta para visitação pública em 1982 e recebe visitas até os dias de hoje.
Principalmente nas “Elvis Weeks”. Filmes como o That´s The Way It Is, On Tour,
o Comeback Special, Aloha From Hawaii, todos foram relançados em edições
especiais. No caso do Aloha o DVD com o que ficou conhecido como “Alternate
Aloha”, o “show ensaio” que fora gravado caso algo desse errado no dia da
transmissão Via Satélite. Isso sem contar o “Elvis In Concert” show com a TCB
Band e Elvis em um telão gigantesco, show que tem levado fãs de volta aos anos
70 e o privilégio de estar em um show do rei. A “Elvis Experience” exposição
gigantesca com itens que pertenceram a Elvis, carros, moto, aparelho de jantar
de Graceland, uma das TVs em que Elvis deu uns pipocos, roupas, jumpsuits,
cartões de crédito, joias, telefone de ouro, exposição que tivemos o privilégio
de ter aqui no Brasil com mais de 500 itens direto de Graceland. Embora muitos
discos póstumos que são lançados até os dias de hoje, muitos colecionadores
ainda andam na caça por discos da primeira prensagem americana. Isso tudo oficialmente.
Fora os vídeos que circulam pela internet de shows da década de 1970, DVDs não
oficiais como o “Through My Eyes” que tem outtakes do filme Elvis On Tour, o
próprio “In Concert” que tem o Box “The Final Curtain”, o último show de
Indianápolis, isso sem contar os filmes de 8 mm que vez ou outra alguém posta
na internet. Enfim, Elvis é lembrado até os dias de hoje, reverenciado como rei
e amado por seus fãs.
O mundo nunca esteve e não está preparado para um Elvis. Desperdiçamos o que tivemos e se tivermos outro também desperdiçaremos. Só somos capazes de apreciar uma fração de um gênio desta envergadura. É como oferecer Romanée-Conti para um sujeito que só bebe cachaça; vai gostar, mas não aproveitará as filigranas do sabor.
ResponderExcluirVerdade Serge, o mundo ainda não chegou no estágio de estar preparado pro Elvis. Disse tudo meu irmão.
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