segunda-feira, 14 de agosto de 2017

16 de Agosto 1977 (40 anos)





Para ilustrar essa postagem, resolvi postar a foto dos três discos que fizeram eu conhecer Elvis. Além dos discos o “meu encontro com o Elvis ainda menino” logo no começo da Elvis Experience. Ao ver aquele display com a foto do menino Elvis, um milhão de coisas passaram pela minha cabeça. Era mais que uma relação de fã e ídolo. Talvez tudo o que passou pela minha cabeça eu não consiga escrever em palavras... Hoje dia 15 de Agosto de 2017, em plena Elvis Week lá em Graceland, por volta das 20:30 da noite começa a vigília onde muitos fãs relembram Elvis mais uma vez (ok, não é bem relembrar, como se a gente o esquecesse). Por dois ou três anos consecutivos, pudemos assistir a vigília on line. Isso foi muito bom, pois esse que vos escreve, como não conseguiu visitar Graceland até hoje, pôde acender uma vela daqui também e acompanhar a vigília aqui do Brasil. Até o momento dessa postagem, não há informação se a vigília será transmitida on line.
Em 1977, segundo minha mãe, ela arrumava minha caminha (eu tinha 2 para 3 anos) e ouviu no rádio a triste notícia. Ninguém me forçou a ouvir Elvis, quanto mais virar fã. Falar de 40 anos sem Elvis é difícil pra mim, pois as primeiras lembranças que tenho dele se referem a seus discos, os três que todo mundo que me conhece já sabe que são o Elvis Today (bate na minha cara mas não fale mal desse disco perto de mim), Elvis By Request Specially For Brazil e o Welcome To My World. Durante a minha infância esses foram os três discos que mais ouvi em casa, por iniciativa própria. Muito antes do Baratta ter vídeo cassete em casa, Elvis, Beatles e Roberto Carlos eram meus melhores amigos, pois os ouvia nos discos enquanto minha mãe devia ouvir o Eli Correia no rádio da cozinha. A notícia pegou todo mundo de surpresa, ninguém estava preparado para aquilo. Da mesma forma que a Crown Eletric não estava preparada para ter o Elvis de chofer de caminhão, da mesma forma que a Sun era pequena para um Elvis grandioso que surgia e ultrapassava os próprios limites, pois era um cara a frente do seu tempo, da mesma forma que RCA não estava preparada para um Elvis mil vezes mais produtor que o Steve Sholes, da mesma forma que Hollywood não estava preparada para um cara que provou que filme com astro do rock com músicas no decorrer do filme são sim um investimento rentável (acho estranho algumas opiniões negativas sobre os filmes de Elvis, mas preciso falar disso em outra postagem um outro dia), da mesma forma que a NBC não estava preparada para um Comeback Special que foi recorde de audiência, da mesma forma que o That´s The Way It Is era pouco para um volume só, da mesma forma que o On Tour foi sucesso absoluto, da mesma forma que o Aloha foi um dos maiores acontecimentos do rock n roll e mundial, da mesma forma que as turnês dos anos 70 não estavam preparadas para acomodar todo  mundo que quisesse ver Elvis In Person, o mundo não estava preparado para perder Elvis Presley.

Depois de 1977, muitos livros foram escritos, muitas matérias foram escritas, muitos discos foram lançados, até os dias de hoje são lançados discos e mais discos pela RCA. Isso sem mencionar os títulos do selo FTD. Graceland foi aberta para visitação pública em 1982 e recebe visitas até os dias de hoje. Principalmente nas “Elvis Weeks”. Filmes como o That´s The Way It Is, On Tour, o Comeback Special, Aloha From Hawaii, todos foram relançados em edições especiais. No caso do Aloha o DVD com o que ficou conhecido como “Alternate Aloha”, o “show ensaio” que fora gravado caso algo desse errado no dia da transmissão Via Satélite. Isso sem contar o “Elvis In Concert” show com a TCB Band e Elvis em um telão gigantesco, show que tem levado fãs de volta aos anos 70 e o privilégio de estar em um show do rei. A “Elvis Experience” exposição gigantesca com itens que pertenceram a Elvis, carros, moto, aparelho de jantar de Graceland, uma das TVs em que Elvis deu uns pipocos, roupas, jumpsuits, cartões de crédito, joias, telefone de ouro, exposição que tivemos o privilégio de ter aqui no Brasil com mais de 500 itens direto de Graceland. Embora muitos discos póstumos que são lançados até os dias de hoje, muitos colecionadores ainda andam na caça por discos da primeira prensagem americana. Isso tudo oficialmente. Fora os vídeos que circulam pela internet de shows da década de 1970, DVDs não oficiais como o “Through My Eyes” que tem outtakes do filme Elvis On Tour, o próprio “In Concert” que tem o Box “The Final Curtain”, o último show de Indianápolis, isso sem contar os filmes de 8 mm que vez ou outra alguém posta na internet. Enfim, Elvis é lembrado até os dias de hoje, reverenciado como rei e amado por seus fãs.

2 comentários:

  1. O mundo nunca esteve e não está preparado para um Elvis. Desperdiçamos o que tivemos e se tivermos outro também desperdiçaremos. Só somos capazes de apreciar uma fração de um gênio desta envergadura. É como oferecer Romanée-Conti para um sujeito que só bebe cachaça; vai gostar, mas não aproveitará as filigranas do sabor.

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  2. Verdade Serge, o mundo ainda não chegou no estágio de estar preparado pro Elvis. Disse tudo meu irmão.

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